
Foto: ARQUIVO PESSOAL
Autor: Úrsula Passos entrevista Debora Diniz para Folha de São Paulo
Antropóloga afirma que conceitos como cuidado, proteção social, interdependência e saúde terão que ser discutidos.
A pandemia atinge homens e mulheres de forma diferente? O afeto que nos une agora é o desamparo. Olhamos e buscamos proteção. Quando o Estado não protege e nos abandona, é aí que a pandemia tem gênero, porque o cuidado cabe às mulheres.
“As mulheres são as responsáveis pela economia do cuidado, e quando temos uma distribuição desigual do cuidado e trancamos as pessoas em casa —ou presumimos que as pessoas têm casa e que ela é um espaço seguro— a centralidade do cuidado para a vida social se amplifica.”